As especialidades hemisféricas
O professor californiano Roger Sperry, prêmio Nobel de Medicina, no final dos anos setenta anunciou seus estudos sobre o córtex, ou neocortex, o cérebro mais jovem e de maior evolução, acima estudado, que permitiu o desenvolvimento do Homo Sapiens. Segundo ele, os dois hemisférios cerebrais que o compõem, e que dividem as principais funções intelectuais não possuem exatamente as mesmas funções. Que o hemisfério direito é preponderante nos seguintes aspectos do intelecto: perceção do espaço, o ritmo, a gestalt (estrutura total), a cor, a dimensão, a imaginação, entre outras. Por sua vez, o hemisfério esquerdo possui dominância em outra escala, já que o lado esquerdo é verbal, lógico, seqüencial, numérico, linear e analítico. Investigações posteriores puderam determinar que, embora, cada lado do cérebro seja dominante em atividades específicas, ambos estão capacitados em todas as áreas achando-se distribuídas em todo o córtex cerebral, não obstante, há que se ressaltar, prevalecer a dominância especificada por Roger Sperry.
Os neurobiologistas concordam em dizer que na maioria das pessoas o hemisfério esquerdo toma a iniciativa de tudo àquilo que é auditivo temporal, enquanto o direito toma a iniciativa de tudo que é visual espacial. Assim, ambos hemisférios sabem ler, mas as consoantes são analisadas pelo hemisfério esquerdo, mais bem dotado para perceção rápida, e as vogais o são pelos dois hemisférios (perceção mais lenta). Segundo Longuin na obra já mencionada; os objetos mentais com componentes realistas, como as imagens, mobilizam de preferência o hemisfério direito. “Os objetos mentais com componentes abstratos, conceitos (exemplo, a letra “a”, o triângulo retangular) mobilizam mais o hemisfério esquerdo, mas as áreas visuais de ambos os hemisférios contribuem simultaneamente para a visão de um objeto no espaço e para a formação de uma perceção espacial”. Ainda segundo o mesmo autor, as operações matemáticas são processadas preferencialmente pelo hemisfério esquerdo e a unificação da pessoa, a consciência unitária de si mesmo, a visão global e unitária das coisas, estão sob a responsabilidade do hemisfério direito..
A memória
A memória não é como uma biblioteca localizada em determinada parte, pois o cérebro inteiro participa do seu processo, algumas zonas com função privilegiada: o hipotálamo, a formação reticular, o tálamo (memória reflexa, mecânica, instintiva) e o cerebelo (memória cinestésica). O sistema límbico, já o disse, intervém no controle das emoções. Recordamos melhor uma informação se ela estiver ligada a uma emoção agradável ou desagradável do que a uma situação neutra. Neste nível intervêm o hipocampo, a amígdala e os corpos mamelares (memória sensorial e afetiva). Mas como as informações entram e são guardadas as memórias? Para a maioria dos autores modernos a lembrança é uma recriação e este processo dinâmico pode ser decomposto em três etapas: a informação é filtrada e gravada através dos sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar) depois ela é tratada e armazenada sob forma de traços mnemônicos, e por fim ela pode ser trazida à mente consciente em qualquer momento de maneira voluntária ou fortuita. Uma das etapas é a da memória ultracurta, ou memória sensorial (uma fração de segundo). As informações são percebidas mas não processadas, o ritmo é percebido. Exemplo: a datilografia. Lê-se uma ou algumas palavras. A pessoa lembra apenas o tempo necessário para digitar o teclado (cerca de 1 segundo). Esquece-se daquela frase ou palavras e passa para outra. Deve ser observado que as pessoas que sofrem de amnésia mantêm normalmente a sua memória ultracurta, que não substitui as duas outras. Já a memória em curto prazo ou memória imediata (alguns segundos), retém 7 +- 2 unidades mnemônicas elementares (números, letras, objetos). Alguns programas de processamento são aplicados pelo sujeito, como por exemplo, a auto-repetição. Exemplo: você quer telefonar para uma pessoa. Procura o seu número de telefone no catálogo, fecha-o e disca o número. Não tem sorte, o número está ocupado. Desliga o telefone. Entretanto é necessário de novo abrir o catálogo, pois esqueceu o número. A memória em longo prazo (que vai de algumas horas até toda a vida), permite que nos lembremos de um número extraordinário de informações essencialmente armazenadas sob a forma de imagens, sem dúvida como se fossem uns hologramas. Pouco conhecemos, ainda, as relações entre essas três etapas da memória. Sabemos, simplesmente, que as duas primeiras são provocadas por um processo elétrico e a última por um processo químico e que não há uma fronteira bem específica para passar de uma à outra. Gerald Edelman, cientista americano, ganhador do Prêmio Nobel de 1972, afirma que o cérebro é capaz de se organizar sozinho, em função da experiência que adquiriu e de gerar suas próprias regras. O que explicaria por que dois gêmeos univitelinos não possuem cérebros idênticos, apesar de terem o mesmo patrimônio genético. Diante de tais fatos, grande parte ainda nebulosos, há que se falar em melhorar, mais ainda, o uso do cérebro? Ampliar a faixa dos 10%, ou 4%, que, dizem, estamos utilizando – torná-lo ainda mais eficaz, rápido, disponibilizado para as eternas novidades do mundo, de que nos falava Fernando Pessoa? O aluno tem algumas experiências – e sobre elas que vai agora trabalhar. Primeiro, você tem que ter motivação – e gerar motivação implica, muitas vezes, mexer em crenças e valores limitantes. Você tem que ter um Estado Desejado bastante claro, para sair de um Estado Atual, utilizando-se dos próprios recursos ou dos que venha a aprender, o que implica, novamente, em motivação. Como se motiva uma pessoa.? A primeira estratégia é verificar do que ela gosta. A segunda, ancorar o que ela gosta – a terceira universalizar essa âncora. Mas o que é isso? Na verdade o aluno está resumindo uma das ferramentas criadas por Bandler e Grinder, na década de 60, a que deram o nome algo estranho de Programação Neurolingüística, PNL para os íntimos. Podemos dizer que ancoragem é um processo pelo qual qualquer estímulo ou representação (externa ou interna) fica conectado a uma reação e a dispara. As âncoras podem ocorrer naturalmente ou ser criadas intencionalmente. (Uma excelente prova de matemática é fruto de uma estratégia criativa, que gera sensações, representações, que podem ser ancoradas, para que noutras provas, a âncora disparada, eu entre em estado excelente). Parece que quanto mais ligações neuronais entre os dois hemisférios cerebrais, mais motivados, mais abertos às novidades você fica, a sua lateralidade fica mais equilibrada. Você amplia os valores e crenças criativas e, conseqüentemente, aquilo que é importante para no gerenciamento ecológico da vida.
Dois pulos de gato
Naturalmente você já esteve em estado de intensa concentração e, de repente, quedou-se inteiramente bloqueado? Bem, a natureza aparentemente absurda do próximo exercício, força os hemisférios cerebrais a agirem simultaneamente, num padrão original, uma espécie de “baralho cerebral”, que desbloqueia o pensamento mais profundamente arraigado, pois envolve todos os sentidos na sua execução – é o que chamamos de “Chart Neurolingüístico”. O exercício, devidamente explicado, está no Anexo 1 e o professor e os colegas do curso poderão testá-lo. Há que ser curioso. O Anexo 2 é um questionário. As palavras, e gestos, confirmam o fato, embora não haja estudos profundos sobre o assunto. Trata-se na verdade de um teste simples, que ainda não tem validação real de dados. De qualquer forma é sempre interessante aprender com a experiência subjetiva. Mãos às obras.
Como melhorar nosso aprendizado?
Há muitas maneiras de melhorar nosso aprendizado. De acordo com investigações realizadas por diversos cientistas, durante o processo de aprendizagem, os seres humanos recordamos principalmente os seguintes aspectos:
1. Os temas ou aspectos concernentes ao início do período de aprendizagem;
2. Aqueles temas ou aspectos concernentes ao final do período de aprendizagem;
3. Qualquer aspecto e/ou tema associado ao tema que se está aprendendo;
4. Algum aspecto ou ponto sobressalente ou ressaltado durante o processo;
5. Todo o que chame a atenção de uma maneira determinante.
6. O que seja de interesse especial.
Estes aspectos, em conjunto com as imagens que se percebem durante o processo, são coadjuvantes na aquisição das ideias inerentes e, por conseguinte, ao processo de “recordar”, através da associação de imagens, conceitos e conhecimentos. Que técnicas usar?
Bem, podemos fazer uma pausa na leitura deste texto e vivenciar uma experiência um pouco diferente que, segundo muita gente, auxilia a integração dos hemisférios esquerdo e direito de nosso cérebro. Foi adaptado do livro “Como aprender melhor”, de Carmen Lúcia C. Zacaner, e Marco Pellegatti, São Paulo: Tilibra, 1995: Feche os olhos e preste atenção em sua respiração até que o ritmo se regularize. Mantendo os olhos fechados, direcione sua atenção para o seu olho esquerdo e mova-o para baixo. Agora, direcione-o para cima; em seguida, para a esquerda e para a direita. Faça o olho esquerdo girar algumas vezes no sentido dos ponteiros do relógio, e depois no sentido contrário. Agora, direcione sua atenção para seu olho direito e mova-o para baixo. Direcione-o para cima; em seguida, para a esquerda e para a direita. Faça o olho direito girar algumas vezes no sentido dos ponteiros do relógio e, depois, no sentido contrário. Conservando os olhos fechados, dirija a atenção para o lado direito do cérebro..., e depois para o esquerdo. Passe de um lado para o outro, prestando atenção em todas as diferenças. Um lado parece mais fácil do que o outro? Mantendo os olhos fechados, crie as seguintes imagens vividamente, mas sem fazer grande esforço: No lado esquerdo do cérebro, imagine o número 1. E, no lado direito, imagine a letra A. No esquerdo, o número 2, e no direito, a letra B. No esquerdo, o número 3, e no direito, a letra C......... (continue com os números à esquerda e as letras à direita até chegar ao número 26 e à letra Z). Descanse por um minuto, ou dois (pausa). Agora, no lado direito do cérebro imagine 1. E no lado esquerdo, imagine a letra A. No direito, o número 2, no esquerdo a letra B. No direito, 3 e no esquerdo, C......... (continue com os números à direita e as letras à esquerda até chegar ao número 26 e à letra Z). Sempre com os olhos fechados, imagine no lado esquerdo do cérebro um grande piquenique com fogos de artifício. No lado direito, imagine um par se casando. No esquerdo, imagine uma procissão de monges entrando em um mosteiro. À direita, veja um furacão passando por uma cidade. À esquerda, um átomo; à direita, uma galáxia. À esquerda, árvores florescendo; à direita, árvores perdendo as folhas no outono. À esquerda, o nascer do sol; à direita, o pôr-do-sol. À esquerda, uma floresta tropical; à direita, uma montanha gelada. À esquerda, a sensação de escalar rochas; à direita, a sensação de acariciar um bebê. Descanse por um minuto, ou dois (pausa). Focalize sua atenção no lado esquerdo do cérebro por algum tempo e procure imaginar seu aspecto. Concentre-se igualmente no lado direito do seu cérebro. Em seguida, preste atenção aos grossos feixes de fibras que ligam os dois hemisférios cerebrais. Agora, experimente sentir os dois lados ao mesmo tempo. Pense em seu cérebro como um universo com dimensões e capacidades que você só começa a perceber agora. Converse com seu cérebro mostrando ser possível que você tenha mais células cerebrais abertas à sua disposição, e que a interação das células e todos os processos do cérebro se aprimorarão continuamente, à proporção que passa o tempo. Diga-lhe que os hemisférios estão mais bem integrados. Agora preste atenção e verifique se o cérebro tem algum recado para você. Se tiver alguma intenção especial para o seu cérebro, ofereça agora. Continuando a sentir a comunhão com seu cérebro, abra os olhos e olhe ao seu redor. Observe se há mudanças na sua perceção. Como se sente agora? Qual é o seu estado de espírito? Está sentindo que suas possibilidades se modificaram? Retornemos ao texto, agora certamente, após o exercício, visto sob novo contexto.
Mapas mentais
A técnica do “mapa mental”, criada pelo britânico Tony Buzan no começo dos anos 70 com a finalidade de ajudar os estudantes a fazer anotações com mais eficiência, é um meio eficaz de registrar e impulsionar o curso do pensamento. Uma maneira gráfica que permite a organização e representação da informação de forma fácil, espontânea, criativa e que produz um “circuito positivo de retroalimentação” entre as anotações e o nosso cérebro. Permitem que as ideias gerem novas ideias, que se conectam, se relacionam e se expandem livres de exigências de qualquer forma de organização linear. O Mapa Mental tem quatro características essenciais:
1. O assunto motivo de atenção se cristaliza em uma imagem central.
2. Os principais temas do assunto irradiam da imagem central em forma ramificada.
3. Os ramos compreendem uma imagem ou uma palavra chave impressa sobre uma linha associada. Os pontos de menor importância estão também representados como ramificações que se aderem às de nível superior.
4. Os ramos formam uma estrutura nodal conectada.
Além disso, os “mapas mentais” podem ser aperfeiçoados e enriquecidos com cores, imagens, códigos e dimensões que aumentem o interesse, a beleza e individualidade, fomentando-se a criatividade, a memória e a evocação da informação.
Os estudos de Tony Buzan tornaram-no uma pessoa prestigiada e divulgada pela UNESCO, sagrando-se Cavalheiro pela Rainha da Grã-Bretanha. Seu método usa ambos hemisférios cerebrais, estimulando o desenvolvimento equilibrado dos mesmos. Estimula o cérebro em todos os seus campos de ação, motivando a que participe com todos os tipos de perceção, associação de ideias, imagens, recordações, etc. Estimula a criatividade ao não possuir limites em seu desenho. É uma ferramenta efetiva e dinâmica na melhoria do processo de aprendizagem e de aquisição de informação. Rompe paradigmas com respeito aos métodos estruturados e lineares de aprendizagem. Pode ser utilizado em todos os aspectos da vida diária, tanto no pessoal, como no familiar, social e profissional. Você pode encontrar maiores informações visitando seu site oficial www.mind-map.com ou o site em português www.mapasmentais.com.br
Pensamento Lateral
Edward de Bono, também britânico, doutor em medicina e psicólogo, desenvolveu outro método concreto para o desenvolvimento integral da mente. Este método, denominado “pensamento lateral” envolve várias técnicas que motivam o ser humano a aprofundar seu processo mental e a canalizá-lo para outras direções. É, segundo de Bono, a contrapartida ao pensamento vertical ou convergente, mais usual, e cujas características na leitura de Luís Jorge González in “Ser Criativo, libere seu artista interior com a PNL” (São Paulo: Paulus, 2003) são as seguintes:
é seletivo;
opera tão-somente quando lhe é impressa uma direção;
é analítico e sequencial;
deve ser correto em cada um de seus passos;
critica para eliminar certos caminhos;
leva o indivíduo a concentrar-se e a excluir o irrelevante;
suas categorias, classificações e títulos são fixos;
segue os caminhos mais seguros;
é um processo finito e limitado.
Já o pensamento lateral, que não exclui o vertical, pode ser alinhavado como gerativo, que se move para produzir direções, é provocativo, dá salto de uma ideia a outra, não critica, aceita todo tipo de possíveis caminhos, acolhe as intromissões casuais, suas categorias, classificações e títulos não são fixos, explora os caminhos mais estranhos; é probabilístico, ou seja, aberto a possibilidades infinitas.
Edward de Bono é bastante conhecido no Brasil, tendo vários de seus livros, alguns citados na Bibliografia, publicados no nosso país. O endereço de seu site é www.edwdebono.com
Aprendizagem Acelerada
O ponto de partida da aprendizagem acelerada se encontra nas investigações contemporâneas de psicólogos do então mundo soviético, destacando-se as pesquisas do psicoterapeuta búlgaro Lozanov que visavam a usar a sugestão como meio pedagógico para estimular a inteligência, a afetividade e a perceção do indivíduo. Propunha criar uma nova pedagogia, que batizou de sugestopedagogia ou sugestopedia. Para o cientista búlgaro o homem é certamente um animal pensante, mas precisamente a inteligência e o raciocínio devem permitir-lhe a utilização, a melhor utilização, dessas faculdades inatas que lhe foi dado pela natureza e que a civilização e a educação há embotado. Quais essas faculdades? O movimento, a vista, o tacto, o olfato, o paladar, todos os sentidos misturados que formam a base do comportamento e da criatividade. Como base da teoria de Lozanov estavam os princípios psicofisiológicos de Pavlov. Com o desmoronamento do Império Soviético, as bases de Lozanov, até então interditada ao Ocidente, está sendo testada na Europa e Estados Unidos. Você pode acessar em www.lozanov.com, sua página em inglês. No Brasil, cientistas e estudiosos como Luiz Machado, www.cidadedocerebro.com.br professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Waldemar de Gregori, para citar dois com diversas obras conhecidas, procuram caminhos para encontrar novos processos de aceleramento do processo de aprendizagem.
E as pesquisas continuam
Na Universidade de Campinas, a Professora Celeste Carneiro, artista plástica, educadora e terapeuta, orientadora do curso Criatividade e Cérebro, fazendo uso prático da Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner, vem conseguindo excelentes resultados no processo de aceleração da aprendizagem. A revista Cérebro & Mente publicou instigante artigo seu “A Arte e o Cérebro no Processo da Aprendizagem”, http://www.epub.org.br/cm/n12/opiniao/criatividade2.html que abre, sob a ótica da inclusão da arte, da música, como processos de aprendizagem, novas perspectivas para a educação.
Aproveite e curta sua belíssima galeria de arte, com obras da própria autora e de outros artistas plásticos: http://www.artezen.hpg.ig.com.br/galeria.htm A Dra. Silvia Helena Cardoso tem publicado diversos estudos sobre a memória e como melhorá-la, que está a merecer um curso on-line; ela destaca que para ampliar nossa capacidade de memorização é fundamental prestar atenção, relaxar, associar fatos a imagens, visualizar imagens, a importância de alimentos e da água, do sono, de exercícios mnemônicos, da atividade física, e muito mais. Seus estudos e pesquisas, altamente ilustrados, estão em Cérebro&Mente, revista já citada, da qual é criadora e editora-chefe. Alguns dos artigos foram escritos em parceria com o Dr. Renato M. E. Sabattini, destacando-se “Aprendizagem e Mudanças no Cérebro” em que fica reforçada a possibilidade de crescimento e regeneração neuronal. O endereço da revista, uma verdadeira enciclopédia da neurociência, sempre atualizada: http://www.epub.org.br/cm/home.htm O aluno não citou Inteligência Emocional de Goleman tendo em vista sua fase altamente embrionária em termos de práxis, por enquanto mais um belo achado jornalístico ainda sendo pesquisado, testado, quando interesse maior neste trabalho era/é a aplicabilidade de alguns modelos teóricos já instrumentalizados, visando aumentar a capacidade de aprendizagem do ser humano. Mas há diversos estudos que comprovam a importância dos enunciados da inteligência emocional. É um dos meus alvos. Creio que os caminhos aqui apontados, e outros que foram apenas ligeiramente mencionados, como a importância da música clássica e/ou laboratoriais testadas, e da meditação, e do xadrez, das palavras cruzadas, para ficar naqueles de mais fácil acesso às escolas oficiais (somos um país rico de população pobre) permitirão aumentar nossa capacidade de fazer bom uso da nossa massa cinzenta. O Chart Neurolingüístico, por exemplo, venho aplicando com alunos, obtendo excelentes resultados, principalmente com a garotada que, sedenta, de aprender a chutar a bola de futebol com os dois pés, melhora seu processo de concentração, domínio de suas lateralidades corporais, e atenção em sala de aula. À guisa de Conclusão O desenvolvimento do nosso cérebro inicia-se após o esperma penetrar no óvulo. Inicialmente os neurônios transitam livremente, embora guiados em percursos gerais por instruções genéticas. As conexões serão mais fortes ou mais fracas ao longo da vida dependendo do uso, como alertou o Prêmio Nobel Gerald Edelman, que deu a esse processo o nome de darwinismo neural. Segundo Edelman o cérebro há que ser plástico, quer dizer, possuir capacidade de mudar quando o nosso meio ambiente e as nossas experiências mudam. Há que se aprender e ter capacidade, também, de se desaprender. E buscar possibilidade de pessoas com lesões cerebrais recuperar funções perdidas, ou ampliar a melhoria de seu aprendizado, de sua vida, enormes desafios para os neurocientistas. Daí a importância de curso como o de Introdução à História da Neurociência, que permitiu a dezenas de brasileiros de origem profissional a mais variada, discutir, refletir, aprender, gerar idéias, mexer em crenças, valores, conhecer, como numa linha de tempo, as descobertas fundamentais da ciência do cérebro (e do coração)
"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um.
É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).
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